Possui as pernas e a cauda amarelo-claro e o tronco escuro. A denominação da espécie é devida à presença de uma serrilha nos 3° e 4° anéis da cauda.
Mede até 7 cm de comprimento. Sua reprodução é partenogenética, na qual cada mãe tem aproximadamente dois partos com, em média, 20 filhotes cada, por ano, e chegando a 160 filhotes durante a vida. Devido aos hábitos domiciliares e à periculosidade da picada é responsável pela maioria dos acidentes escorpiônicos verificados no Brasil em região urbana, devido ainda à grande expansão de distribuição nos últimos 25 anos.
Os escorpiões não são animais ovíparos, O período de gestação é variado, mas, em geral, dura três meses para o gênero Tityus. Durante o parto, a fêmea eleva o corpo e faz um “cesto” com as pernas dianteiras, apoiando-se nas posteriores. Os filhotes recém-nascidos sobem no dorso da mãe através do cesto e ali permanecem por alguns dias quando, então, realizam a primeira troca de pele. Passados mais alguns dias, abandonam o dorso da mãe e passam a ter vida independente. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes varia bastante. Para Tityus serrulatus é de aproximadamente 14 dias. Os escorpiões trocam de pele periodicamente, em um processo denominado ecdise; a pele antiga é a exúvia. Passam por um número limitado de mudas até a maturidade sexual, quando então param de crescer.
A espécie Tityus serrulatus possui uma característica peculiar entre os escorpiões que é a partenogênese, ou seja, a capacidade de se reproduzir sem que haja fecundação, não havendo necessidade de um casal. Tal fato possibilita que um único espécime transportado para um novo local possa se reproduzir e desenvolver uma colônia. Este fenômeno facilita sua dispersão; por causa da adaptação a qualquer ambiente.
Além disso, a introdução de Tityus serrulatus em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição.
Por muito tempo julgou-se que a espécie era exclusivamente partenogênica, mas recentemente foi descoberta uma população com a divisão de gêneros e reprodução sexuada, no norte do estado de Minas Gerais e na Bahia.
Distribuição nos estados:
Distribuição geográfica: antes restrita a Minas Gerais, devido à sua boa adaptação a ambientes urbanos e sua rápida e grande proliferação, hoje tem sua distribuição ampliada para Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal e mais recentemente alguns registros foram relatados em Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
Peçonha:
A peçonha de todos os escorpiões tem efeito neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso. A picada é extremamente dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e se dispersa por todo o corpo, levando a vítima a um estado de hiperestesia, fazendo com que o doente fique extremamente sensível ao menor toque em todo o corpo. A ação neurotrópica da peçonha age sobre o bulbo (medula oblonga) região importantíssima do encéfalo que controla os movimentos respiratórios e cardíacos, além dos movimentos peristálticos, mas sua ação é específica sobre a região do bulbo controladora da respiração, o que faz com que a vítima morra por parada respiratória.
Contato com humanos:
Os contatos entre seres humanos e o Tityus serrulatus são muito frequentes. O detalhe é que esse escorpião por natureza ataca ao homem ao se sentir ameaçado. Em casos de acidente recomenda-se não “sugar” o veneno do local acidentado, não fazer torniquete, incisões ou cutucar o local, para não agravar a situação. Deve-se procurar um médico, e sempre que possível levar o escorpião junto.
Recomenda-se também que ao encontrar um escorpião não se tente pegá-lo com a mão – ele pode picar – mas sim chamar um técnico do Centro de Controle de Zoonoses e só em último caso tentar capturá-lo, usando luvas de couro, calçados grossos e fechados, calça e camisa de manga comprida, algum objeto como uma pá de recolher lixo e uma vassoura.
Medidas de Prevenção:
- Manter jardins e quintais limpos;
- Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;
- Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas;
- Manter a grama aparada;
- Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto às casas;
- Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;
- Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres. Usar calçados e luvas de raspas de couro para atividades em que seja preciso colocar a mão e pisar em buracos, entulhos e pedras;
- O escorpião apresenta hábito noturno, e assim, para evitar sua entrada nas casas, deve-se vedar as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer;
- Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
- Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas, colocar telas nas janelas;
- Afastar as camas e berços das paredes;
- Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão;
- Não pendurar roupas nas paredes;
- Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos que servem de alimento para os escorpiões.
O Que Fazer em Caso de Acidente com Escorpião:
A Secretaria Municipal de Saúde dá as seguintes orientações:
- Retirar sapato, anel, pulseira ou fitas que funcionem como torniquete;
- Lavar somente com água e sabão o local da picada;
- Fazer compressas mornas (compressas frias pioram a dor);
- Procurar atendimento no serviço de saúde mais próximo;
- Se possível, levar o animal para identificação.
Solução Biológica
* Para resolver ou evitar o problema de infestações por Escorpião Amarelo, o Rhinella Marina, popularmente conhecido como (Sapo-Cururu, Sapo Boi ou Cururu). Por ser um dos predadores naturais do escorpião e por não oferecer riscos ao ser humano, se tornou a opção mais viável, já que o escorpião e imune a qualquer tipo de inseticida.
REFERENCIAS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escorpião-amarelo
O Hospital Vital Brasil, do Instituto Butantã, referência em atendimento em casos de acidentes com animais peçonhentos.
Mais histórias
As principais espécies de escorpião do brasil.
Tityus stigmurus “Escorpião do Nordeste”